Catalisadores

O Conversor Catalítico ou catalisador foi uma importante inovação tecnológica incorporada ao Sistema de Exaustão Automotivo, responsável por reduzir em até 95% a poluição causada pelos automóveis. Os gases da combustão, altamente tóxicos, afetam diretamente a saúde e qualidade de vida das pessoas.

O catalisador automotivo foi desenvolvido na década 70 para as montadoras americanas. No Brasil o catalisador só foi adotado vinte anos mais tarde por conta da PROCONVE – Programa de Controle da Emissão Veicular.

Um dos primeiros modelos ficou conhecido como catalisador Autolatina, instalados nos carros Gol, Parati, Saveiro, Logus, Pampa e Versailles fabricados entre 1992 e 1996. O catalisador adequado ao seu carro você encontra em nosso catálogo de produtos.

Desde abril de 2010, no mercado de reposição, apenas catalisadores com conformidade avaliada pelo Inmetro podem ser fabricados e comercializados no Brasil.

Possuimosi a linha mais completa de catalisadores para reposição automotiva das principais montadoras: Volkswagen (VW), Fiat, Ford, GM, Toyota, Mercedes, Citroen, Honda, Hyundai, Kia, Peugeot e Mitsubishi. Cada projeto tem seu volume específico e atende rigorosos testes de durabilidade, testes de ruído, contra-pressão e análise de gases. Os catalisadores tem garantia de 1 ano.

Como funciona?

O núcleo cerâmico do catalisador é impregnado dos metais preciosos como Ródio, Platina e Paládio. Os gases tóxicos provenientes da combustão do motor reagem quando em contato com os metais preciosos numa reação química.

A reação que ocorre dentro do catalisador transforma gases tóxicos (CO, HC e NOx) em compostos não prejudiciais à saúde (CO2 e N2) e água (H2O).

Conheça mais: Catalisador Inmetro Catalisador falso Quando trocar o catalisador Teste do termômetro Riscos Modelos

Poluição causada pelos automóveis

A queima incompleta do combustível no motor resulta na liberação de diversos gases tóxicos na atmosfera como Monóxido de carbono (CO), Dióxido de enxofre (SO2), Óxidos de nitrogênio (NOx), (eliminado) e Hidrocarboneto (HC).

Esses gases são altamente tóxicos e afetam diretamente a saúde e qualidade de vida das pessoas.

a) Hidrocarboneto (HC) – São responsáveis pelo aumento da incidência de câncer no pulmão. Efeitos: irritação nos olhos, nariz, pele e aparelho respiratório.
b) Dióxido de nitrogênio (NOx) – Gerado devido à altas temperaturas na câmara de combustão. Pode provocar desconforto respiratório, diminuição da resistência a infecções e alterações celulares.
c) Monóxido de carbono (CO) – Liga-se à hemoglobina, substância do sangue que leva o oxigênio às células, diminuindo a oxigenação. Em altas concentrações, em ambiente fechado, pode matar. Efeitos: tonturas, vertigens e alterações do sistema nervoso central. Os mais prejudicados são os doentes cardíacos e portadores de angina crônica.

Reações químicas que ocorrem dentro do catalisador automotivo:

a) 2CO + O2 = 2CO2
Monóxido de carbono mais Oxigênio convertidos em Gás carbônico;

b) 2C2H6 + 7O2 = 4CO2 + 6H2O
Hidrocarboneto mais oxigênio convertidos em Gás carbônico e Água;

c) 2NO2 + 4CO = N2 + 4CO2
Dióxido de nitrogênio mais Monóxido de carbono convertidos em Gás nitrogênio e Gás carbônico.

Quando trocar o catalisador

Um catalisador genuíno, que vem no veículo novo, tem durabilidade mínima de 80 mil quilômetros. Trincas, quebras, derretimento e entupimento da cerâmica também são sinais para a troca imediata, além da não conversão dos gases.

A durabilidade de um catalisador automotivo depende muito das condições de manutenção do veículo. Fatores como: falhas de ignição, queima de óleo, qualidade do combustível afetam diretamente seu funcionamento.

Os catalisadores para o mercado de reposição têm durabilidade mínima de 40 mil quilômetros conforme regulamentação do CONAMA. A verificação deve ser feita por profissionais especializados em oficinas e centros automotivos.

Algumas dicas de cuidados

  • Tentar fazer com que o motor do veículo funcione empurrando o carro em ponto motor numa descida ou insistir excessivamente com a ignição pode estragar o catalisador. Também o risco de enviar gasolina para o catalisador antes de ser queimada, o que pode danificá-lo
  • Andar com o carro quase sem combustível também pode prejudicar o funcionamento do catalisador
  • Evite bater o assoalho do veículo. Cuide com as lombadas, os impactos podem rachar o catalisador
  • Fique atento ao nível do óleo, ele nunca deve estar em excesso
  • A sonda lambda (sensor que controla a mistura entre o ar e a gasolina e está localizado entre o tubo de escape e o catalisador) também pode ser afetada caso o catalisador não esteja funcionando normalmente
  • Revise sempre a parte elétrica do seu veículo
  • Evite o uso de aditivos no combustível ou no óleo lubrificante, que não sejam recomendados pelo fabricante
  • Não permita que entre água pela ponteira quando o escapamento estiver aquecido
  • O prazo para a troca dos catalisadores depende da marca do veículo. Leia o Manual do Proprietário do seu carro com muita atenção e verifique o tempo de vida útil dessa peça

Atençao para os conversores: 
As leis de emissao de poluentes estao mais severas, exigindo que os catalisadores sejam mais eficientes na conversao de gases e na resistencia ao calor.
Veja qual a tendencia nesse segmento e os modelos disponíveis no mercado.

Componentes fundamentais para reduzir a emissao de poluentes na atmosfera, os catalisadores tem a funçao de transformar os gases tóxicos, resultantes da combustao do motor, em gases inofensivos, por meio de reaçoes químicas que ocorrem dentro deles. Essas peças estao em constante evoluçao e, quanto mais exigentes se tornam as leis de emissao de poluentes, maior devem ser seus níveis de estabilidade e resistencia a altas temperaturas. Um catalisador (conversor catalítico), é basicamente formado por um núcleo, cerâmico ou metálico, que abriga uma camada de metais nobres; uma manta expansiva, funcionando como um isolante térmico; uma cápsula ou carcaça metálica, cones de entrada e saída, e flanges.

Os modelos atuais, conhecidos como under floor, estao localizados embaixo do assoalho do carro, geralmente, próximos ao câmbio. Mas a tendencia, segundo os fabricantes, é que o item seja instalado, gradativamente, mais próximo do motor, onde a reaçao química conversora de gases é mais efetiva, devido ao calor do motor que aquece o conversor mais rapidamente. Eles sao chamados de close coupled, que equipam os novos Fiat Palio Fire 1.0 e 1.3

O que define a utilizaçao de um catalisador é sua aplicaçao, motorizaçao e o custo. De acordo com a Magneti Marelli, eles apresentam diferenças quanto a estrutura interna, que pode ter núcleo cerâmico (mais comum e mais barato) ou núcleo metálico; quanto ao posicionamento, underfloor ou close coupled; e quanto ao processo de manufatura, divididos em torniquete, clamshell (estampado), stuffed (entubado) e spinforming (rolado).

Outro fabricante de conversores catalíticos, a Umicore, alerta que existe um tipo específico para cada veículo e essa regra deve ser respeitada para que se tire o maior proveito do conversor. “Fatores como calibraçao, peso, sistema de escape, posiçao do catalisador, motorizaçao, modelo do veículo e o tipo de combustível alteram o funcionamento do componente”, afirma Carlos Eduardo Moreira, gerente de Marketing da Umicore.

Os modelos aplicados em motores ciclo OTTO sao divididos em: catalisador de tres vias; que reduz os níveis de CO, HC e NOx simultaneamente, pela reduçao de oxigenio e necessita de controle da relaçao ar/combustível (Sensor Lambda) para trabalhar; e catalisador de oxidaçao, que reduz os níveis de CO e HC pela oxigenaçao e funciona com excesso de oxigenio (mistura pobre)

Já os tipos aplicados em veículos com propulsores de ciclo DIESEL usam conversores capazes de trabalhar com gases pobres e com teor de enxofre (SO2) elevado. Os mais modernos sao os catalisadores de oxidaçao a base de platina e os filtros particulados, que fazem a oxidaçao de CO e HC e reduzem os particulados de carbono.

Em veículos com motores convertidos para o gás natural veicular (GNV), no kit de instalaçao, homologado pela CETESB, já deve incluir também o catalisador específico, para nao aumentar o índice de emissoes de gases. “Catalisadores inadequados podem causar a nao conversao dos gases, perda de potencia por questoes de contra-pressao e aumento de consumo de combustível”, explica Ronaldo Assunção. Se o kit for desenvolvido pela montadora e homologado de fábrica, já terá a carga de metais nobres, adequada para a conversao do gás.

O mecânico deve estar atento para os veículos bicombustíveis, pois, dependendo da aplicaçao, exigem catalisadores com características diferentes dos motores a gasolina. O objetivo é atender as baixas temperaturas da operaçao com álcool, mantendo a durabilidade quando roda com gasolina. Yoshiro Ueno, engenheiro de Desenvolvimento de Produtos da Magneti Marelli, explica que os modelos multicombustíveis tem calibraçao específica, por isso a necessidade de um catalisador específico.

Durabilidade

Os catalisadores sao desenvolvidos para durar toda a vida útil do veículo, mas isso nem sempre acontece. Impactos na carcaça podem afetar a estrutura e causar sérios danos, que levam a perda total da peça. A má conservaçao de outros componentes do motor e abastecimento com combustível adulterado também comprometem sua durabilidade.

Apesar de nao existir a inspeçao e manutençao oficial, há uma garantia de conversao dos gases, que atualmente é de 80 mil km (ou 5 anos), dado pelas as montadoras. Já os catalisadores fabricados para o mercado de reposiçao devem ter as características adequadas para a conversao de gases que obedecem os limites estabelecidos para inspeçao vigente.

  • Falha ou corte no sistema de igniçao.
  • Adulteraçao no combustível (“gasolina batizada”).
  • Alteraçao no lubrificante do motor.
  • Furos no sistema de escapamento antes do catalisador.
  • Choques mecânicos ou batidas.
  • Limpeza de bicos injetores com produtos químicos nao recomendados pelo fabricante.
  • Desgaste excessivo dos componentes internos do motor.
  • Alteraçao no escapamento original.
  • Falta de manutençao em toda parte elétrica.
  • Aditivos no combustível ou no óleo lubrificante nao recomendados pelo fabricante.
  • Entrada de água pela ponteira quando o escapamento estiver aquecido.
  • Fazer o veículo “pegar no tranco”.

A hora de trocar

Sintomas como perda de rendimento do motor, barulho no escapamento (ruído de peças soltas), escapamento entupido e sinais de batidas fortes sao algumas maneiras de detectar se o catalisador precisa ser substituído. Se houver perda de potencia, o catalisador pode estar entupido em conseqüencia de derretimento ou excesso de carbonizaçao.

“Podem haver quebras por má utilizaçao do veículo ou dimensionamento da cápsula (incluindo a manta). O derretimento (melting) é ocasionado quando há excesso de combustível na face do catalisador, provocado por problemas no sistema de alimentaçao ou falha de igniçao”, comenta Ueno. Sempre que trocar um catalisador certifique-se de que o proprietário do veículo revisou o motor, para que a nova peça trabalhe com toda a eficiencia necessária.

O grande dilema que motoristas e reparadores vem enfrentando na troca de catalisador é a venda de peças falsificadas. Por isso, os profissionais devem comprar peças originais e de empresas idôneas, verificando no momento da compra se o miolo do catalisador tem forma de colméia cerâmica. “É importante que o produto esteja dentro de embalagem padronizada com a marca do fabricante, especificaçao de suas aplicaçoes e, principalmente, com o certificado de garantia e a nota fiscal”, lembra Moreira.

Vale lembrar que a reciclagem de catalisadores usados é muito importante e que cada peça descartada vale em torno de R$ 30,00. Por isso, fique atento ao desconto que deve ser concedido nos estabelecimentos que realizam a troca do catalisador. Entregue a peça que foi substituída ao lojista para que ele encaminhe ao fabricante, que realizará a reciclagem.

Emissões de gases
A tabela abaixo mostra o que os gases nocivos fazem com a nossa saúde

Gases Efeitos Após a catálise
HC (Hidrocarbonetos) Irritaçao nas vias respiratórias, anemias, leucemias e câncer pulmonar Transforma-se em vapor d’água e gases inofensivos
CO (Monóxido de Carbono) Asfixia sistemica, pneumonias e danos cerebrais Transforma-se em gás carbônico (gás exalado ao respirarmos)
NOx (Óxidos de Nitrogenio) Ardencia nos olhos, nariz e mucosas. Também provoca bronquites, enfisemas,
insuficiencia respiratória e até mutaçoes genéticas
Transforma-se em N2 (Nitrogenio), que representa 75% do ar
que respiramos da atmosfera.
O3 (Oxidantes fotoquímicos, Ozônio e Aldeídos) Irritaçao nos olhos, garganta e infecçoes generalizadas Sao originados das reaçoes fotoquímicas da luz solar com
os poluentes: HC, CO, NOx

Pense bem antes de usar um catalisador falso

  • Retirar o catalisador de um veículo é ilegal.
  • Em modelos com injeçao eletrônica, o catalisador nao deve ser retirado, pois sua contra-pressao é usada no cálculo da calibraçao da injeçao.
  • Tome muito cuidado para que a vedaçao durante a troca seja correta, impedindo a entrada de impurezas.
  • A falta, adulteraçao ou instalaçao irregular do catalisador pode ocasionar uma multa de R$ 500,00 a R$ 10.000,00 ao responsável, conforme o artigo 54 da Lei Federal no 9605 de 12 de fevereiro de 1998 e os artigos 46 e 48 do Decreto Federal no 3179 de 21 de setembro de 1999 (Lei de Crimes Ambientais)